Cinquenta anos após a odisseia da emigração para francais, os portugueses sentiram necessidade de expressar histórias vividas durante muito tempo escondidos, dado que a emigração nem sempre foi bem aceite. A história apresentada por Altina Ribeiro, contando a viagem de Dona Zezinha e do filho Carlos Alexandre, é o exemplo perfeito. Cada um dos percursos individuais retraçados por vários autores de histórias como esta é, sem dúvida, a forçada de uma memória coletiva. Neste sentido, podemos dizer que Dona Zezinha não é apenas uma narrativa biográfica mas também um livro de história.